Um médico cristão que vem sendo perseguido há mais de uma década por falar de sua fé em Jesus Cristo a pacientes durante suas consultas conseguiu uma nova vitória na Justiça.



Em 2011, Richard Scott “receitou” Jesus a uma paciente, depois de avaliar a situação de saúde e prescrever o tratamento adequado. Por causa disso, o médico cristão foi colocado sob investigação e correu risco de ter sua licença profissional cassada.

No ano seguinte, a investigação recomendou que o doutor Scott passasse por uma avaliação psicológica para saber se ele estava em condições de sanidade para seguir praticando sua profissão.

Anos se passaram e o doutor voltou ao centro de holofotes em 2019, quando foi exigido a se submeter a uma espécie de reciclagem de comportamento profissional para seguir atendendo.


Ele decidiu contestar essa imposição e o caso se transformou numa batalha jurídica contra o Serviço Nacional de Saúde (NHS, na sigla em inglês) da Inglaterra. O NHS abriu um processo contra o médico cristão mesmo após o Conselho Médico Geral (GMC) ter avaliado, dois anos seguidos, que o médico não havia violado nenhuma de suas diretrizes e que “a discussão de fé nas consultas não é proibida”.

Na última segunda-feira, 26 de setembro, Richard Scott venceu o NHS no tribunal, inclusive com a admissão por parte dos advogados de acusação de que o médico cristão tem liberdade de orar por seus pacientes, desde que siga as orientações do GMC para esse tipo de abordagem.

Por sua vez, Scott afirmou que sempre seguiu essas diretrizes antes de oferecer orações a seus pacientes, e se disse alvo de uma perseguição religiosa por grupos organizados de entusiastas do secularismo.

“Infelizmente, tenho visto uma profunda intolerância de algumas partes do NHS em relação às crenças cristãs e uma completa falta de compreensão do que é a oração e como ela impacta positivamente a vida das pessoas”, afirmou Scott ao portal Christian Concern.

“O preço para mim e minha família nos últimos anos foi imenso e espero que o assunto esteja finalmente encerrado. Espero que este resultado seja como um encorajamento para outros profissionais cristãos de que é mais do que ‘normal’ compartilhar sua fé e que vale a pena lutar pela liberdade”, acrescentou o profissional, que atua na medicina há 35 anos. 
Andrea Williams, chefe da entidade Christian Legal Centre, que ofereceu assistência jurídica ao médico no processo, comemorou a vitória:

“Estamos muito satisfeitos que Richard Scott tenha sido novamente justificado e que a justiça tenha prevalecido. Não há evidência de que a prática do Dr. Scott de orar com seus pacientes tenha interferido de alguma forma na entrega de um excelente tratamento – na verdade, muito pelo contrário: ele viu muitos pacientes se livrarem do vício em bebidas e drogas e se tornarem membros ativos da sociedade por meio de seus cuidados espirituais”, enalteceu.